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sábado, 10 de agosto de 2013

Círculo de Fogo

Visual impecável e história simplista conseguem agradar a todos os públicos, de todas as idades.



Desde os primeiros minutos do filme, já nos vemos em meio aos kaijus e jeagers travando uma guerra de cores intensas e com um visual de tirar o fôlego. Aliás, muitos momentos tiram o fôlego dos espectadores. O filme dos robôs gigantes de Guilhermo Del Toro é não só uma carta de amor aos tokusato (gênero japonês que basicamente consiste em heróis contra monstros colossais), mas também um recomeço, desta vez no ocidente, ao gênero que, possivelmente, dessa vez vai ficar cravado em Hollywood por um longo tempo - assim espero.
O mundo nunca imaginou a presença de monstros de 25 andares de altura no fundo do oceano pacífico. Mas eles chegaram, pegando o povo de surpresa. Depois de um tempo, em que vários e vários kaiju, monstros gigantes, chegaram a nossa superfície, matando milhões de pessoas, o mundo tomou uma iniciativa com os Jeagers, robôs tão grandes quanto, preparados para tudo. Ou quase tudo. Aí que entram nossos heróis, que devem ser aqueles que vão "cancelar o apocalipse". A escolha do elenco, feita pelo Del Toro em si, é muito boa. Charlie Hunnam não pode ser considerado em si o protagonista com seu Raleigh Becket, já que existe uma boa divisão de responsabilidades no roteiro do filme, mas toma para si o papel, conquistando o público feminino - andando pelos cantos sem camisa-, e também o masculino - descendo o cacete dentro e fora dos robôs. Idris Elba, o Marechal Pentecost, também é um papel completamente indispensável a trama. Trama esta simples e direta.
Não há momentos que te forçam à reflexão, mas se pensarmos mais na trama, eles existem. Mas basicamente, a trama nos envolve e nos leva a nos divertirmos. Os conflitos entre os personagens, por exemplo, são apresentados em meio à ação, mesmo que no momento seja ela pequena. Mas só nesses momentos, já que o longa tem as melhores cenas de ação do ano. Estas protagonizadas por robôs gigantes contra monstros gigantes. Parece muito bobo, mas durante o filme você sente o medo que nos anos 80 eles não te passavam.
Uma crítica dessas não pode ser grande, já que não podemos entregar spoilers. Resumidamente, o filme se consagra como o retorno do tokusato ao imaginário pop. Um visual perfeito, criado com quase 200 milhões de dólares no orçamento, que cria uma imersão incrível. Eu aconselharia a ver com os amigos, reunir a galera e ir assistir. Porquê em muitos momentos você vai querer se expressar. Vôos, saltos, pulos e socos de foguete são incríveis e fazem muitos lembrarem de sua infância assistindo aos antigos programas da TV Machete. Ou, aos novos, lembrando dos Megazords invadindo a TV Globinho. Mas tudo isso no tom "adulto" que isso necessita. O quê aconteceria se tudo isso fosse real? A economia mudaria? Os países mudariam suas comunicações? O povo mudaria seus conceitos? Por alguns instantes, se ponha no lugar dos cidadãos e sinta o quê eles sentem. A experiência de assistir a Círculo de Fogo é única. E vale e muito a pena gastar mais um dinheirinho e ir assistir a mais uma vez.

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